sexta-feira, 6 de maio de 2016

Da aula de hoje, 6 de Maio

1. O meu pai dava aulas de desenho
1.1. Educação visual, digo. Numa altura em que elas passaram a chamar-se aulas de «Educação Visual». A tónica é clara: não mais treinar apenas o jeitinho, o talento, mas ajudar o aluno a expressar-se. Uma disciplina formativa mais do que informativa, junto com (digamos) outros três pilares: educação musical, matemática, português. O meu pai usava um método simples para ajudar o aluno a libertar-se de vícios e tiques: se o desenho era miudinho dava-lhe uma folha grande: «Agora usa o espaço todo.» E vice-versa. 
A ideia era adquirir flexibilidade. Carlos, nãao Eusebiosinhos. 
1.2. Um bom cidadão é útil?
1.2.1. Sem dúvida - se o puder ser, maravilha. A questão (e é ideológica) é se a prioridade é «ser útil» ou «ser feliz». O que, na equação, está em cima - o que (para usar uma expressão recorrente em aula) é essencial e acessório. 
1.2.2. E cito o novel Presidente da República: «O importante é que as pessoas sejam felizes.» Daqui.
1. 3. Um exercício simples de acuidade visual, este dos 9 pontos. A regra é clara, infelizmente choca com outra regra, que está dentro da nossa cabeça. Por que motivo a uns alunos que falharam eu aplaudo e a outros censuro? Pelo esforçom pelas sucessivas tentativas.
1. 4. E a realidade? «(...) Expliquei-lhe: a realidade não mudou, mas mudou o modo como lidamos com ela. Ou seja, a realidade mudouDaqui.
2. Acção poética. Apresentação de trabalho (Ana Beatriz F. Paula).
2.1. O Movimento +-.
2.2. Discusssão: quem tem razão?
2.3. Efémero, lúdico, com materiais pobres, acontecimento único (mas registado).
2.4. A legitimação.
3. Os textos de Shakespeare, no suporte papel, estão como que em coma: crocodilos em letargia esperando a presa. Qualquer texto anima-se quando tem um leitor. Mas um texto teatral anima-se quando tem um intérprete. E se ele foi excelente, o texto ganha toda uma quantidade de texturas e sabores:





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