Maurilio Manara começou a explorar o seu gosto pela ilustração ainda enquanto estudante universitário. Teve a
inspiração e o auxílio de alguns outros artistas, que chega a considerar seus
mestres - e a sua genialidade atingiu tal ponto que lhe permitiu tornar-se, ele mesmo, a
referência das referências da bd erótica (ou sera pornográfica? I guess we’ll never know…).
Pelo teor dos seus desenhos, não
consegue desligar-se polémica que sempre teimou em sobrevoá-lo. Será
machista a mão que desenha O Clic? Serão as “suas” mulheres, seres dotados de
um desejo infinito e insaciável, meros objetos sexuais nas mãos de homens (por
ele desenhados com linhas mais rudes e tons mais doentios, ao contrário da
sensibilidade e firmeza que imprime nos corpos femininos)?
As opiniões multiplicam-se mas
nem sempre vêm seguidas de argumentos fortes ou sequer válidos (leitores e não
leitores, repararam no argumento ou ficaram só especados a olhar para as
imagens, de olhos arregalados?). Há quem mostre pudor
ao folhear as páginas de Caravaggio, quem não resista à curiosidade depois de
ver a capa d' O Perfume do Invisível e quem se pseudo-revolte e diga “Este arranja
todas as desculpas e mais algumas para desenhar mamas e rabos, a história nem
faz sentido e lá está ela nua outra vez!”. Muito difícil é ficar indiferente.
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