terça-feira, 29 de março de 2016

Quarta 30/3: pontos 2.8 e 2.9

2.8. Pode a crónica ser uma arte literária?
    
Aos domingos a seguir ao almoço visto o fato de treino roxo e verde e os sapatos de ténis azuis, a Fernanda veste o fato de treino roxo e verde e os sapatos de salto alto do casamento, subo o fecho éclair até ao pescoço e ponho o fio de ouro com a medalha por fora, a Fernanda sobe o fecho éclair até ao pescoço e põe os dois fios de ouro com a medalha e o colar da madrinha por fora, tiramos o Roberto Carlos do berço, metemos-lhe o laço de cetim branco na cabeça, saímos de Alverca, apanhamos os meus sogros em Santa Iria de Azóia e passamos o domingo no Centro Comercial.
    A Fernanda senta-se atrás no Seat Ibiza, com o menino e a Dona Cinda, o senhor Borges ocupa o lugar ao meu lado, de Record no sovaco, fato completo, gravata de flores prateadas e chapéu tirolês, ajuda-me no estacionamento das Amoreiras a tirar o carrinho da mala e todos os automóveis do parque são Seat Ibiza, todos têm mantas alentejanas nos bancos, todos apresentam um autocolante no vidro que diz Não Me Siga Que Eu Ando Perdido, todos possuem uma rodela Vida Curta na guarda-lamas direito e uma rodela Vida Longa no guarda-lamas esquerdo, de todos os espelhos retrovisores se pendura o mesmo boneco de peluche, todos exibem junto à matrícula com o círculo de estrelinhas da Europa a mesma rapariga de Stetson e cabelo comprido, todos trouxeram o Record, os sogros e o filho, todos devem habitar em Alverca e todos circulam a tarde inteira no Centro de forma idêntica à nossa: adiante a Fernanda e a Dona Cinda, de raposas acrílicas, a coxear por causa de uma unha encravada, empurrando oRoberto Carlos que esperneia, desfeito num berreiro, com a chupeta pendurada da nuca por uma corrente e o Senhor Borges e eu vinte metros atrás, preocupados com a carreira do Olivais e Moscavide que perdeu em Alhandra apesar de ter comprado um avançado caboverdiano ao Arrentela e que em vez de jogar à bola leva as noites a mariscar tremoços na cervejaria, de brinco na orelha, no meio dos amigos pretos, com o tampo da mesa coberto de canecas vazias.
     Como a Fernanda e a Dona Cinda param em todas as montras de móveis e boutiques a bisbilhotarem quinanes e kispos, acontece enganar-me e trocá-las por outra sogra acrílica, outra mulher roxa e verde e outra criança de laço, e sucede-me passar horas num banco, sem dar pela diferença, com uma Fátima e uma Dona Deta, a planear as prestações de um microondas e de um frigorífico novo, seguir para Alverca, jantar o frango da Casa de Pasto e a garrafa de Sagres do costume, e só na terça-feira, quando vou a sair para a Junta, a minha esposa informa, envergonhada, que mora em Loures ou na Bobadela, o Roberto Carlos se chama Bruno Miguel, e deu pelo engano, há cinco minutos, porque a minha Última Ceia é de estanho e a dela de bronze. Claro que corrigimos o erro no domingo seguinte, em que volto para casa com uma Celeste e um Marco Paulo no Seat, a que juntei (será o meu Seat Ibiza?)um novo autocolante que deseja Espero Não Te Conhecer Por Acidente.
      Esta semana a minha mulher chama-se Milá, o meu filho Jorge Fernando e ando a pagar um apartamento em Rio de Mouro. Como esta sempre cozinha melhor do que as outras não faço tenções de voltar às Amoreiras. Se ela gostar de telenovelas só tornamos a sair daqui a muitos anos, quando o miúdo usar um fato de treino roxo e verde, eu encontrar no armario do quarto um casaco de raposas acrílicas e um chapéu tirolês, e escutar lá em baixo, a seguir ao almoço, a buzina do Seat Ibiza da minha nora. Como nessa altura devo andar a dieta de sal por causa da tensão qualquer peixe grelhado me serve.

in ANTUNES, António Lobo (1998). Livro de Crónicas. Lisboa: Dom Quixote. pp. 59-60

2.9. Canção de intervenção ou canção de clamação?

Um maravilhoso Rap antes da moda do Rap, de José Mário Branco (1979, gravado em 1981). Atenção à mistura entre alto e baixo, trivial e pertinente, política e quotidiano, pícaro e lírico. 


Caetano Veloso e o espírito da performance

Duma entrevista ao semanário Blitz:

BLITZ: «Elogiou o premonitório vídeo de «Lazarus», escrevendo: «tem algo das obras de arte arrebatadoras e inesquecíveis». Emocionou-se ao perceber que, ao que tudo indica, Bowie planeou ao milímetro a sua 'saída de cena'?»
CV: «Cheguei a pensar isso. Mas achei estranho demais. Quando o vídeo de «Lazarus» me pareceu arrebatador, esqueci esse possível aspeto da coisa. O estilo super planejado, super desenhado de Bowie sempre me desagradou um pouco. Sou do período em que a espontaneidade, o horror à hipocrisia, a sujeira anárquica das performances eram o que dava força à arte. Bowie pareceu-me um retrocesso. Precisei esperar anos para entender que certos aspetos do que ele propunha apontavam para o futuro. Não que fosse necessariamente para um futuro melhor.»


Comentário: o que está aqui é uma bela distinção entre arte «perfeita» e arte «suja». Ao longo do século XX, em literatura como nas outras artes, temos essa dicotomia. Os movimentos modernistas caracterizam-se geralmente por uma imperfeição inerente a quem está a rasgar, a experimentar, a tentar. 
Quando se está a pisar terreno novo, é normal que se cometam erros. Quando repetimos passos já dados, é mais fácil fazer bonitinho.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Dada

Dada
Dada, ou Dadaísmo, é um movimento intelectual e artístico que nasce em New York e simultaneamente em Zurich, em 1916. Tristan Tzara (1896-1963), e Hugo Ball (1886-1927), são os seus percursores. Mais tarde, juntam-se outros elementos, como: Marcel Janco, Richard Huelsenbeck, Hans Arp, Emmy Hennings e Hans Richter.

Ao longo dos anos vinte e trinta, logo após a Primeira Guerra Mundial, a sua influente doutrina expande-se para outras latitudes e procura abranger o maior número de seguidores para a sua filosofia de vida. Caracteriza-se pela tentativa de modificar a arte através da provocação e da rejeição dos valores instalados, respeitando o indivíduo na sua essência, sem influências exteriores do meio ambiente e valorizando a espontaneidade.

Rápidamente o Dadaísmo se difunde na Europa, especialmente em Paris, onde encontra enorme adesão nas diversas correntes vanguardistas. Transforma-se numa escola internacional de artistas e escritores que, revoltados com a enorme atrocidade, ferocidade e maldade da guerra, querem manifestar o seu descontentamento pela actuação dos homens naquela que foi uma das maiores causas de mortandade humana. Assume-se, deste modo, como uma corrente cosmopolita e de protesto, onde a burguesia e os seus valores morais condenáveis são criticados e um alvo a atingir, a destruir, a demolir.

André Breton, (1896-1966), colaborador e célula activa deste movimento, escreveu o primeiro Manifesto Surrealista (1924), onde defende uma escrita automática, espontânea, onde as palavras possam vir livres de qualquer influência da razão, verdadeiro automatismo psíquico, mas, indissociáveis da poesia, do amor e da liberdade, que são o cunho da personalidade de Breton.

A arte traz consigo novas técnicas onde transforma e inverte formas, reflexo de como estas se realizam/criam. Então, introduzem-se novas abordagens que se dizem artísticas como a colagem, a fotomontagem, ou mesmo o Ready-made. Aparece também a tipografia e o desenho que, utilizados na pintura, são um desafio para novos conceitos a incluir no novo movimento estético.

Tristan Tzara funda com Hugo Ball a revista Cabaret Voltaire, pretendendo informar que, para lá das guerras que cegam os homens, existe uma humanidade a ser purificada. Editam ainda uma outra revista de nome Dada, em 1917, onde publicam sete manifestos, as vozes dissonantes de valores existentes convencionados socialmente. Os seus leitores podem neles absorver ideias inovadoras e revolucionárias, rejeitando as instituições Família, Religião e Academias, assumindo-se contra todos os sistemas instalados nas áreas da Filosofia, Ciência e Estética. A independência, a liberdade para pensar, liberdade de criar são as bandeiras desta imprensa.

O Dadaísmo lega-nos uma grande doutrina filosófica, não estética. Coloca o Homem perante as questões das verdades instaladas, leva-o a tomar consciência sobre um destino colectivo. Do seu cepticismo vê nascer novos conceitos estéticos, concluindo que o Homem está em criação permanente.


                                                                                                                                  Manuela Achega

terça-feira, 22 de março de 2016

NEM CÁ NEM LÁ - lançamento de antologia de literatura de diáspora

Amanhã, quarta 23, lançamento da antologia de literatura de diáspora da América do Norte (autores luso-americanos mas não só), às 18h, no auditório 1 do edifício principal da nossa faculdade.
Estarão presentes a editora Margarida Vale de Gato e eu próprio, director da colecção Portugal na América da Edel. Apresentação de Teresa Alves.

quarta-feira, 16 de março de 2016

segunda-feira, 14 de março de 2016

Esta quarta 16: Do humor: aula com o estudioso João Ferreira

A aula desta quarta será sobre o humor (ponto 2.6). Espero que gostem. Não tenho dúvidas de que vai ser excelente.
O dr. João Ferreira foi director de vários jornais e revistas (Tal & Qual, 24 Horas, Focus, Notícias Magazine) e tem em curso uma investigação sobre o humor nos jornais oitocentistas. Será muito interessante ouvi-lo.

Nota: Para cada entrada, adianto sempre no programa um caso exemplar. Mas não nos cingimos obviamente a esse ou esses. São os que me ocorrem e, quando sou eu a dar a aula, me sinto mais à vontade para tratar. Mas se, por exemplo, um aluno quiser apresentar o ponto 3.7, cabe-lhe escolher ao seu critério a obra ou obras a abordar. 

Do surrealismo - por Maria Manuel Achega

O surrealismo é um movimento poético,  literário, filosófico e artístico, nascido em França, transversal a todas as artes.
Esta corrente  inscreve-se entre as duas guerras mundiais do séc.xx, em que é necessário redefinir o homem e o mundo.
 Impulsionado por André Breton,( 1896-1966) escritor francês, criador do movimento surrealista tem como filosofia  transformar a sociedade e revolucionar as mentalidades .Opõe a ordem e as convenções a um espírito de liberdade fundado no poder do sonho, do desejo e do instinto.

As teorias psicanalistas  de Freud, (1856-1939) austríaco, médico, fundador da psicanálise são a génese para novos estudos estéticos sobre a palavra e a imagem onde grandes pintores como Magrite ( 1898-1967 ) pintor belga que com uma técnica figurativa questiona sistematicamente as ligações entre as coisas, a hipotética realidade,  a imagem, e o seu conteúdo.  Abre de maneira estranha as portas do imaginário onde sobressaem na mesma tela, pinturas de  realidades visuais muito distantes onde acaba por se impor uma ideia, um sentimento, a riqueza interior do indivíduo.   
Os conceitos inovadores que o caracterizam, escrita automática, imagem com sobreposições impensáveis invertem os cânones existentes , nos domínios da literatura e da pintura, até ao aparecimento destes novos conceitos.

Estas extraordinárias manifestações artistícas explicam a força desta corrente cultural colocadas à disposição do Homem para a sua libertação, que exprimem o desejo do fantástico, do maravilhoso, do estranho, onde se pode ler uma  realidade ausente.   

segunda-feira, 7 de março de 2016

Dos trabalhos

Algumas pessoas têm levantado dúvidas quanto ao modelo de trabalho. O formato é: 5-10 páginas, corpo 12, espaço e meio. O equivalente a um artigo para publicação - e sugiro que seja pensado como tal. 
Os pontos do programa são, digamos, as malhas da rede, balizam a disciplina. Não a esgotam. À partifa, ocorrem-me várias possibilidades: 1) comentário a um livro concreto, 2) tratamento de um tema, 3) discussão de uma questão teórica. Em caso de dúvidas sobre se a vossa ideia é ou não aceitável no âmbito - vasto - da disciplina, nada como perguntar. Não só não ofende como é uma prática bastante sã. E fundamental na nossa área.  

domingo, 6 de março de 2016

Quarta 9 há aula!

Conforme foi dito, quarta 9 há aula.

E sobre estas duas imagens:
O pintor surrealista Magritte sempre pintou paradoxos. O mais interessante nos seus quadros não é a técnica - banal, académica - mas o conceito, a introdução de uma «complicação» qualquer numa imagem que, à partida, era serena. Como este «As Férias de Hegel»:
Ora um dos seus mais famosos quadros é um cuja componente verbal é quase tão fundamental quão a pictórica. Chama-se «A Traição das Imagens» e, sim, também este título é importante: 
 Ao dizer «Isto não é um cachimbo», Magritte parece estar a dialogar com Saussure, quando este lembra que a relação entre signo e referente é arbitrária. De facto, o que ali vemos não é um cachimbo: é uma pintura. 
Agora, no Facebook, alguém se lembrou - imagino que um estudante de arte ou um literato humorado - de fazer a «versão Gif» do quadro. (Para quem não sabe, um Gif é uma imagem comprimida, hoje em dia quase sempre vagamente animada.) Lembro: os surrealistas punham em causa (questionavam) a nossa relação com a realidade, e foram um movimento transversal às várias artes, como de resto quase todos os movimentos interessantes no século XX. Há quem diga que ainda são: existe uma Internacional Surrealista. 



sexta-feira, 4 de março de 2016

Akira: o cyberpunk oriental


Depois de falarmos de autores clássicos de Ficção Científica, americanos e soviéticos, lembrei-me de um manga emblemático. Da autoria de Katsuhiro Otomo, «Akira» (1982) é a história de um futuro pós-apocalíptico, numa nova Tóquio que foi alvo, 39 anos antes, de um maciço ataque nuclear. Uma história intrincada que envolve poderes sobrenaturais, o poder das instituições governamentais,e também, os temas mais básicos da experiência humana: a amizade, o amor, e a ganância. 

A BD foi editada na íntegra em Portugal, ao longo de 19 volumes a cores, pela Meribérica-Liber. Entretanto, já esgotada essa colecção (e extinta a editora), só conseguirão encontrar a obra ou nos alfarrabistas ou noutras línguas. A Fnac tem a versão inglesa, em 6 longos volumes na versão original a preto e branco. 

Recordei-me destes livros, que li há uns 7 ou 8 anos, porque ontem decidi ver o filme (de 1988) realizado pelo próprio Otomo. Na época em que foi lançado, «Akira» saía em episódios semanais numa revista de BD japonesa. O filme foi feito muito antes do autor concluir a história no papel, e por isso (pelo que a minha memória permitiu entender), o desfecho da narrativa é distinto do que podemos ler na graphic novel. De qualquer maneira, recomendo ambas: são dois exemplos do cyberpunk mais negro e profundo dos anos 80, que é muitas vezes desagradável e repugnante, mas que vale mesmo a pena descobrir. É uma manga muito pesada, violenta e, ao mesmo tempo muito surpreendente, um dos grandes colossos da manga do século XX, e que ainda hoje consegue impressionar. Aqui a sujidade é levada ao extremo, e os andróides de «Blade Runner» tomam aqui o lugar das ameaças nucleares e do medo do apocalipse. E claro que não se aconselha a crianças, mesmo que tenha "bonecos".

O filme está disponível, na íntegra, em HD e com legendas em PT-BR, no Tubo.


quinta-feira, 3 de março de 2016

Aula seis. 1.7. O cachecol do artista

1. FC (cont.): Fingir falar do futuro para falar de hoje
      1.1. «Amar-te-ei para sempre». Tradução: «Hoje amo-te muito - tanto que me parece que será                    para sempre.»
      1.2. Como filmar o futuro sem dinheiro para efeitos especiais? Solaris: Cena da auto-estrada.
      1.3. Solaris (1972). Filme completo. Aqui.
      1.4. Geoff Dyer (2012): Zona. «A Book about a Film about a Journey to a Room.»
2. O Monge e o Peixe: alguns aspectos a corrigir.
      2.1. Cena do hospital: alguma semelhança?
      2.2. Arte Poética. Um poema de Adília Lopes
      2.3. Os monges e a dama
3. O cachecol do artista
      3.1. Charles Bukowski.
             3.1.1. A Melancolia. 
             3.1.2. Amor (uma entrevista)
             3.1.3. Barfly (o filme, Barbet Schröeder, 1987, com Mickey Rourke)
             3.1.4. Born into this. Uma sessão de leitura - legendada.
      3.2. Luiz Pacheco
             3.2.1. O cachecol do artista - episódio contado pelo editor Vítor Silva Tavares
             3.2.2. Luiz Pacheco, o libertino - documentário completo.
             3.2.3. Comunidade - Um conto, um ensaio, um poema, um sermão?
4. «Shoop»: a cançao de Deadpool. Só tenho uma forma de descrever o filme: Stand up Super Hero,


2.2. Arte Poética

Arte Poética

Escrever um poema
é como apanhar um peixe
com as mãos
nunca pesquei assim um peixe
mas posso falar assim
sei que nem tudo o que vem às mãos
é peixe
o peixe debate-se
tenta escapar-se
escapa-se
eu persisto
luto corpo a corpo
com o peixe
ou morremos os dois
ou nos salvamos os dois
tenho de estar atenta
tenho medo de não chegar ao fim
é uma questão de vida ou de morte
quando chego ao fim
descubro que precisei de apanhar o peixe
para me livrar do peixe
livro-me do peixe com o alívio
que não sei dizer

Adília Lopes, in 'Um Jogo Bastante Perigoso' 


































































4. 

quarta-feira, 2 de março de 2016

2.4. FC

• Uma definição: científica, fantasia ou política?
• As três leis da Robótica: Isaac Asimov
O cyberpunk: David Gibson no pós Philip K. Dick
• O caso Solaris: Stanislaw Lem
• Piquenique à beira da estrada: o humor burlão dos irmãos Strugatski

• Como falar do horror? Kurt Vonnegut e as memórias reais do Matadouro 5 (Bertrand, 2011) 

Solaris, de Stanislaw Lem. Acesso ao livro em português ou inglês. Aqui.
Está no cinema a adaptação de Tarkovski.
Resumo: Os humanos chegam a um planeta que é oceano que é uma só inteligência e - talvez - deus de si mesmo. Como comunicar com esse ser?

Um blogue sobre a Colecção Argonauta. Aqui.
Sobre portugueses na FC ler este artigo.

No ciberespaço há muitas ligações ao tema. Acaso seria ciberespaço digno desse nome se tal não acontecesse?

Se quiser, sem ler o livro (você é que perde) ler um ror de citações interessantes de Matadouro 5, vá aqui

Falar sobre o futuro ou sobre o presente? O estranho caso da impossível jura de amor futuro: «E prometo amar-te para todo o sempre, ser fiel na pobreza ou na riqueza, na saúde ou na doença...»

Pensar o futuro ou responder ao presente?  

terça-feira, 1 de março de 2016

Sumários



Aula 1 - Não houve aula.
Aula 2 (- Apresentação. 
Aula 3 24/2) - 
Aula 4 (26/2) - Ursonate, de Schwitters. 
Aula 5 (2/3) - 
Aula 6 (4/3) - 
Aula 7 -
Aula 8 - 
Aula 9
Aula 10
Aula 11
Aula 12
Aula 13
Aula 14
Aula 15
Aula 16
Aula 17
Aula 18
Aula 19
Aula 20
Aula 21
Aula 22
Aula 23
Aula 24
Aula 25
Aula 26
Aula 27

Alguns filmes interessantes: o Dada e outros

1. Dada
1.1. Ursonate de Kurt Shwitters. A sonata dos sons primeiros - ou primários ou primitivos.
1.2. Dada e o Cabaret Voltaire. Aqui.
1.3. E aqui:
If anyone is interested, I think that the original documentary film, from which this is an excerpt, is called 'Dada', directed by Greta Deses and originally produced in 1969. The link below should enable you to access a copy of the film from a source near you. I am fairly sure this is the film that I used. http://www.worldcat.org/title/dada/oclc/610041475

2. O poema-processo
2.1. Fernando Aguiar homenageia Álvaro de Sá (1'43-3'20)
2.2. Moacy Cirne interpretado por - um filminho.
2.3. Poesia e política: combater o poder. Combater que poder?

3. Animação.
3.1. O Monge e o Peixe, de Michael de Wit.
3.2. Pai e Filha, de Michael De Wit.