domingo, 6 de março de 2016

Quarta 9 há aula!

Conforme foi dito, quarta 9 há aula.

E sobre estas duas imagens:
O pintor surrealista Magritte sempre pintou paradoxos. O mais interessante nos seus quadros não é a técnica - banal, académica - mas o conceito, a introdução de uma «complicação» qualquer numa imagem que, à partida, era serena. Como este «As Férias de Hegel»:
Ora um dos seus mais famosos quadros é um cuja componente verbal é quase tão fundamental quão a pictórica. Chama-se «A Traição das Imagens» e, sim, também este título é importante: 
 Ao dizer «Isto não é um cachimbo», Magritte parece estar a dialogar com Saussure, quando este lembra que a relação entre signo e referente é arbitrária. De facto, o que ali vemos não é um cachimbo: é uma pintura. 
Agora, no Facebook, alguém se lembrou - imagino que um estudante de arte ou um literato humorado - de fazer a «versão Gif» do quadro. (Para quem não sabe, um Gif é uma imagem comprimida, hoje em dia quase sempre vagamente animada.) Lembro: os surrealistas punham em causa (questionavam) a nossa relação com a realidade, e foram um movimento transversal às várias artes, como de resto quase todos os movimentos interessantes no século XX. Há quem diga que ainda são: existe uma Internacional Surrealista. 



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